Administrar um município
como o de Ipirá não é tarefa das mais simples, principalmente, quando não se
quer, nem se pretende dar ouvidos à população. Aí a coisa fica elevada à
enésima potência. Resultado: mais problemas e mais dificuldades.
Nenhuma
administração é eleita para ser dona da cidade. A atual gestão de Ipirá não
merece essa confiança, não é digna desse título, ninguém é merecedor de tal
condição, seria desdenhar da população, pois não existe ‘Salvador da Pátria ou do
Pedaço’.
O tempo do novo
gestor é muito curto para mostrar serviço, ninguém tem dúvida quanto a isso,
mas para um observador mais atento dá para perceber as pegadas da trilha dessa
nova administração. O município de Ipirá está na pindaíba, convivendo com uma seca
inclemente de lascar a boca, o prefeito Marcelo Brandão tem um encontro com o
Secretário do Turismo de Estado para solicitar uma apreciação no Calendário de
Festas do Município! Vê se pode!? Esse é o foco e o traçado da caminhada.
As perdas são
esmolas se comparadas com as necessidades gritantes do município. Por não ter
declarado Estado de Emergência o nosso município perdeu vários carros-pipas do
Exército, uma parcela de 40 mil reais e uma segunda parcela de 120 mil reais.
O gestor Marcelo
Brandão pode ser um administrador de rompante, com muita atitude, compulsivo nos
seus atos, com uma determinação penetrante e sem rodeios. “A salvação de Ipirá
está na festividade; Ipirá tem que virar um pólo turístico.” Essa é uma lógica
forte na nova administração.
Mantendo pé firme
no que determina estabelece as prioridades do município. A Micareta vai criar
uma ebulição na economia da cidade. Na cidade sim, na economia existem dúvidas,
muitas dúvidas, porque serão resultados pontuais.
Espero que o
prefeito Marcelo Brandão apresente à população, um bordereau com as despesas e
os custos da micareta, que não faça igual à macacada que escondia e escamoteava
os valores porque, nos festejos administrados pela macacada, sempre tinha algum
macaco na comidilha do dinheiro público. Essa nova administração tem que fazer
diferente.
O prefeito Marcelo
Brandão não gosta das fotos do Canal de Esgoto à Céu Aberto de Ipirá. Ele tem
razão, esse esgoto fede que nem um excomungado e não serve como atração
turística. O Poder Municipal não tem uma merreca para fazer uma ou várias pontes
de cimento em muitos pontos de passagem no esgoto. Tudo bem, não é prioridade.
A quadra da Barão
é uma vergonha para Ipirá, mas não é prioridade para o prefeito. O Mercado de
Arte consumido pelo fogo não é prioridade para o gestor. A Casa dos Estudantes
de Ipirá em Salvador caindo aos pedaços, mas não é prioridade para as oligarquias
do poder. O matadouro de bovinos uma necessidade para a saúde do povo de Ipirá,
não é uma prioridade dos governantes municipais.
A biblioteca de
vidro no Puxa é uma prioridade do prefeito. O gestor Marcelo Brandão pediu
desculpas aos moradores pelos transtornos que serão provocados. Garantiu com
toda a força, fortaleza e avalizou com sua palavra que não será derrubada uma
só árvore no Puxa. Os moradores não foram consultados a respeito da requalificação.
É bom lembrar a Praça da Bandeira, o ex-prefeito Diomário prometeu um paraíso e
deixou uma esculhambação na praça, hoje mora em Praia do Forte, nunca pediu
desculpas aos moradores, que são obrigados a conviver com a merda que ele fez. A
comunidade já está cansada de tanta promessa. A comunidade quer participar.
Estamos entre a
realidade e a fantasia. A gestão atual procura assegurar um segmento restrito e
inexistente no mercado local, o turismo festivo do entretenimento, sempre
movimentando com ações tradicionais de marketing e achando que oferece novas
oportunidades de negócio em três dias. Quando é apertado pela seca responde com
o marketing da ‘boataria de rua’ dizendo que uma cervejaria vai dar para Ipirá
cem (com c) viagens de carro-pipa.
Passada a ressaca da
festa o Poder Municipal vai bater de cara com a dura e crua realidade. Será a
hora e a vez das prioridades do município de Ipirá. O prefeito Marcelo Brandão
não poderá fugir disso, senão, mantendo sua compulsão intocada estará cavando
sua própria cova um pouco mais funda. Vai ter que apresentar o mesmo ímpeto que
apresenta para os festejos.
A coisa é simples:
O atendimento do pessoal na UPA de Ipirá está bom, mas na hora de lavar a
ferida com soro fisiológico, não tem soro; na hora de queimar a ferida com
mertiolate, rifocina, álcool iodado, não tem o produto. Paciência. Vamos ter
paciência e aguardar que a micareta resolva esses problemas. Só não venham com
conversa fiada na hora de resolver as necessidades prioritárias de Ipirá, que a
grande prioridade de Ipirá é o São João.
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