Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo: 29 (mês de outubro 2016)(atraso de
7 meses) (um por mês)
O prefeito Marcelão, depois de 125 dias de
muito trabalho, retirou da cabeça o capacete branco-cinzentado de tanta poeira
das suas obras e colocou-o em cima do armário, tomou um belo banho e foi dormir.
Com dois minutos, começou a sonhar com o seu município. Era um sonho inovador, com
um progresso nunca antes alcançado, era tanto dinheiro que corria pela cidade,
que ele pensou em fazer um dinheiródromo.
O locutor narrava a corrida de forma
entusiasmada, com mais vibração do que em corrida de cavalo: “corre por dentro
o dólar, por fora, vem o iene japonês se aproximando, cabeça com cabeça, o euro
se estica todo e bota a cabeça com um focinho de vantagem, o real vem atrás,
mas se aproximando e começa a cutucar os que estão na frente, que disparam em
direção ao bolso, quem entrar no bolso primeiro ganha a corrida, o dólar vem
com força, o iene japonês se aproxima, o euro ta na reta de chegada, o real
ganha espaço e vai chegando, vamos que vamos, é a reta de chegada e...”
bibibibibibibibiibiibiiibibibibiibibibibibibiibibibibibiibibi.
A campainha toca sem parar e acorda o prefeito
Marcelão, que meio-tonto, sem entender direito o que está acontecendo, percebe
que é a campainha da sua casa que lhe tirou do sono e do sonho no momento de
maior emoção, que é a chegada do dinheiro. Olhou o relógio, 5 h da manhã. “Quem
será uma hora dessa?”
Levantou pensativo e determinado pegou a
marreta: “Se for um jacu arrependido eu vou pisar no rabo e meter-lhe uma
marretada bem no cucurete.” Quando chegou à porta, indagou:
- Quem é?
- Sou eu, prefeito Marcelão!
- Eu quem?
- Não ta conhecendo minha voz não? Ipirá todo
me conhece, sou o Matadouro de Ipirá.
O prefeito Marcelão pensou imediatamente: “O
que é que esse macaco quer em minha casa?” Abriu a porta e indagou:
- O que é que você quer?
- Eu estou querendo saber qual é seu pensamento
em relação a mim, porque Vossa Excelência colocou nos seus 125 dias, mais
obras, mais iluminação, mais isso e mais aquilo e esqueceu de mim. Quer dizer
que eu sou menos obra?
- Fica na tua Matadouro de Ipirá, senão eu
vou te dar uma marretada que tu vai cair no Ponto de Serra Preta – falou o
prefeito Marcelão.
- Sem essa, prefeito Marcelão! Vossa
Excelência tem que dizer o que vai sobrar pra mim em seu governo, é só mais
obra, mais obra. E eu, sou menos obra? – indagou o Matadouro de Ipirá.
- Você é um 49 que eu tenho atravessado na
garganta, por isso, eu fiz uma potencialização com mais de 1.600 e encontrei um
certo loga ritmo, que me elevou a uma em nésima potência, devido curva no
desnível na bifurcação ao gebra, que me levou ao papo reto e...
- Pode parar! V. Excelência não é físico nem
matemático. Isso aí ta parecendo suas obras e mais obras, que é de papo furado
e o povo de Ipirá tem que ficar se lambisguando, pensando que ta no tempo do
ex-prefeito Dió, que tapava a praça para fazer obra e a obra saia uma obra, que
continua uma obra até hoje. Veja lá, que merda V. Excelência está querendo
fazer.
- Você me respeite, seu matadouro! Eu sou é
prefeito e em 125 dias fiz mais obras do que os 12 anos de vocês, eu só não lhe
dou uma marretada porque estou na porta de minha casa e...
- Sem desespero, prefeito Marcelão! Eu só
quero saber, se eu sou ou não sou uma obra em Ipirá?
Suspense: Veja que situação: Um matadouro
querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma
desgraça dessa? O que é que eu tenho a
ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? Será que o matadouro
deixou de ser um problema em Ipirá? Prefeito Marcelão, bota o Matadouro de
Ipirá no teu outdoor!
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente!
Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha
É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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