Se tem um apelido, em Ipirá, que é um
exagero extemporâneo é chamar o sujeito de “Acaba Mundo”. Nem o pessoal da Al-Qaeda
conseguiu esse título. Isso significa uma coisa tenebrosa. Sem muito exagero,
um codinome que assenta bem nessa atual administração de Ipirá é ‘Acaba Praça’.
Embaraçado até o pescoço com essa
macacada, o prefeito Ademildo não pode ver uma praça que quer logo atropelar a
dita-cuja. Quando não faz, deixa de fazer. Na Praça da Bandeira faz dois anos
que tiraram dois bancos no jardim e a administração não toma a menor providência.
É um total descaso, mas é desse jeito que uma gestão começa a acabar a praça.
Enrodilhado pela macacada, o prefeito
Ademildo fica querendo mostrar que é um administrador com autonomia e coragem. Às
vezes arrota bravatas: “quem tirou a mulher de fulano?” ou “quem substituiu a
filha de sicrano?” Isso não quer dizer muita coisa não, porque o pior é quando
a gestão não consegue sair da Ordem Oligárquica.
O prefeito não teve a coragem de impedir
uma indecência administrativa feita pela jacuzada e macacada, que foi a doação
da Praça Santana. Rezou na cartilha e pregou o “fato consumado”. Não quer ver
alternativas. Não apresentou nenhuma alternativa, coisa de governo aventureiro
e sem programa. A Praça Santana vai virar um prédio e um estacionamento.
A jacuzada e a macacada fizeram a
lambança, cabe à administração petista justificar esse troço. Aí vem o insistente
argumento de que essa agência do INSS vai fazer de Ipirá um pólo regional.
Observem que o INSS, em Ipirá, funcionou na rua de Cima e na rua de Itaberaba e
não foi nenhum alvoroço regional. Agora é que vai ser? Só porque querem que
isso aconteça?
O prefeito Ademildo acabou a Praça
Santana porque foi uma decisão das oligarquias que dominam Ipirá. Sem criatividade,
fica imitando a jacuzada até em coisas fracassadas, gincana e micareta, como se
isso significasse a redenção de Ipirá. Não é e não será. Abra os olhos,
prefeito! Estamos em março, as chuvas não tiveram continuidade e o município
está ficando inviável com a seca prolongada. V.Exa,, o prefeito do município,
diz o quê?
É difícil e talvez seja até
contraditório exigir-se atitude de um gestor que chegou a um poder que lhe foi
oferecido de bandeja. Tem lá seus compromissos, além do gosto pessoal pelo
poder centralizado. Naufraga entre a inexistência de uma força e poder popular
que lhe dê sustentação e a grande necessidade de agradar à liderança política
de maior prestígio da macacada, que se encontra desgastada e na zona de
conforto.
Sem uma coisa e sem outra, vive o
tormento de assumir o poder e ficar isolado e sozinho, por isso, agarra-se a
alguns jovens yuppies pensando que está tendo poder dentro da macacada. O poder
de mando da macacada é outro, prefeito! Quem
decide na oligarquia macaca são poucos empresários e algumas raposas políticas.
O resto é resto, prefeito!
Mas, embrulhado com essa macacada, o
prefeito está ficando esperto! Não dorme no ponto. Vai dar apoio a vários
deputados estaduais, isso serve até, para justificar a possibilidade de
qualquer baixa na votação do deputado Jurandy Oliveira. Os números de 2010 são
altos e estão contabilizados na conta do ex-prefeito Diomário: Afonso 9.062 e
Jurandy 8.020. Quero ver se vai acontecer aquele bordão: “nunca um prefeito deu
tanto voto em Ipirá.”
O prefeito / político Ademildo está
integrado à Ordem Oligárquica do jacu e macaco. Está bebendo no cálice desse
sistema. Muitas vezes, a conta é apresentada depois e a cobrança é por demais
pesada. Pode ser a simples descaracterização da figura pública ou mesmo a
pasteurização da imagem do político. São as conseqüências do jogo.
Não sei se o prefeito está enterrando o
PT de Ipirá nesta aventura ou está embarcando sozinho. Não fique agoniado não, prefeito!
Faça de conta que eu estou bastante equivocado em algumas questões. Agora, que
o prefeito Ademildo acabou a Praça Santana, lá isso acabou.
2 comentários:
Onde já se viu coisa mais descabida?? Doar uma praça? Com que propósito? Em cidades com o mínimo de planejamento e até visão de mercado, edifícios que podem vir a ser vetores de crescimento econômico são erguidos em terrenos mais distantes do centro ou áreas que precisam ser revitalizadas. Não é o caso em voga, em absoluto. O que há são cidadãos em torno do seu convívio comum , a praça, que já sofreu tanto descaso no passado. E agora que tem as mínimas condições de urbanismo que qualquer cidadão merece, seja rico ou pobre, querem acabar a praça?? Absurdo. Sociedade ipiraense, a exemplo do que foi feito no caso da praça da bandeira, se mobilize, não permita que isso aconteça!
Enquanto muitas cidades brasileiras estão empenhadas( com apoio de seus vereadores) em preservar suas culturas, seus patriônios históricos materiais e imateriais, Ipirá está destruindo um dos seus logradouros públicos mais tradicionais e importantes da sua história: a PRAÇA DE SANTANA.
Dizem que ali será construído um prédio para abrigar um orgão público que chegou aqui ha pouco mais de dez anos. Já começaram as especulações imobiliária no local.
A prefeitura nunca fez nenhum benefício ali e por isso os imóveis eram sub valorizados, talvez por isso e pelo estígma histórico, pois , como se sabe, durante muitos e muitos anos funcionou naquela praça e em seus arredores o prostíbulo da cidade. Talvez por esta razão os proprietários dos imoveis da praça estejam apoiando a sua deformação e omissão.
Fico muito pesaroso com o descaso das autoridades municipais para com a preservação da nossa história. Esta ação leviana causa mutilação irreparável no patrimônio histórico material, no caso do sumiço da Praça de Santana e no patrimônio imaterial como em obras literárias tais quais A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS, do professor Agildo Barreto e A SAGA DO CAMISÃO, de Dilemar Costa, entre outras que narram acontecimentos historicamente significativos ocorridos nesse logradouro.
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