quarta-feira, 30 de julho de 2014

ATOLEIRO.

O efeito de uma pesquisa eleitoral pode não ser devastadora,  mas entorta até mourão de canto e bota muita gente no atoleiro. Os prejudicados não acreditam nem a pau; os favorecidos esbanjam sorrisos e certezas.   Quando é divulgada  uma pesquisa   o que martiriza alguns é a dúvida.   Pensam os que preparam o pulo (prefeitos e deputados): “será que é agora?”; pensam os que não podem pular (deputados e prefeitos):“ vou me lascá!”
 
Merece crédito ou não? Isso é mais quinhentos. Tem manipulação? Distante do pleito tudo é possível. Pesquisa no dia da eleição é que não pode distanciar-se da realidade, pois está inclinada a ser desmascarada pela prova dos nove fora do resultado oficial, caindo a máscara e charlatanice. Mas, fora isso, tudo é possível, até a dúvida.
 
Pesquisa que botou pilha no povo de Ipirá foi a da última eleição para prefeito. A propaganda eleitoral tinha encerrado na sexta-feira, antes do domingo eleitoral, por lei. No sábado, a jacuzada recebe uma autorização da  justiça eleitoral para divulgar uma pesquisa, registrada no cartório, favorável a MB (+ - 6,0%). Pela manhã a FM começou a divulgação de 15 em 15 minutos. A macacada foi a loucura.
 
Corre-que-corre, a macacada apresentou uma pesquisa, registrada no cartório, favorável a AV (+ - 13%); não tenho certeza se os números são exatamente esses, mas não é o caso, é o que menos conta depois de certo tempo; o que tem sentido é que, tanto jacu quanto macaco, estavam apresentando, nos seus interesses, uma pesquisa manipulada, falsificada, enganadora, malandra, maquiavélica com a sintomática intenção de enrolar o povo ipiraense. A Justiça é carente de sensatez, não quis enxergar que jacu e macaco  contrataram institutos de pesquisa chinfrins para montarem um engodo.
 
Prova? Tínhamos uma pesquisa com AV 34,8% e MB 34,4%. O Juiz indagou: “Se tínhamos pesquisa para divulgar?” Qual o interesse em divulgá-la? Indago eu. A macacada foi autorizada a divulgar sua pesquisa em carro de som.
 
Mais tarde, saiu a Ordem Judicial para a macacada colocar sua pesquisa na FM.  O pessoal da FM sumiu. Sábado,18 h, o Juiz interdita a FM, que para reabrir resolveu divulgar a pesquisa da macacada. Por volta das 20 h, a FM voltou a funcionar, o som não chegou no Ipirazinho, tinham baixado o volume.
 
Resultado oficial da eleição mostrou um quadro inesperado e invertido: a jacuzada cresceu na zona rural e caiu na sede. Era esperado o contrário. A diferença foi de 49 votos. Que fizeram lambança com pesquisas! Fizeram.
 
A divulgação de pesquisas falsas, manipuladas, mentirosas deveria se constituir um repulsivo crime eleitoral, ao qual a Justiça foi complacente por não ter a capacidade para verificar a contradição que havia no conteúdo. Fechou os olhos e acatou pesquisas, cujo único intuito, era propagar uma propaganda eleitoral barata que desrespeitava e ludibriava a cidadania ipiraense.
 
Pesquisa que segue. Um governador do Demo na Bahia será um verdadeiro atoleiro para o prefeito Ademildo de Ipirá nestes dois últimos anos. Pense num quebra-pote! Pensou? Pense agora, no prefeito Ademildo com os olhos vendados e um porrete na mão tentando quebrar um pote com um enxame de inchu virado do cão e preso dentro do pote. Triste Ipirá! Não por causa dessa situação, mas devido a situação do município no IDH nacional, está numa colocação atrás de 5.000 municípios  no país, uma vergonha e uma humilhação. É verdade prefeito!
 
E o prefeito não deixa dúvida: “não é questão de uma gestão, mas de uma Era”. Essa pesquisa não tem manipulação, é verdadeira. Foi essa situação que a política coronelística e o sistema do jacu e macaco deixou em Ipirá.  Uma vergonha e uma humilhação. Ipirá está perdida entre o pólo do prefeito e o atoleiro da realidade.

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