É DE ROSCA. (25)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo: 25 (mês de junho 2016)(atraso de 7
meses) (um por mês)
Quem pensar que a situação entre o prefeito
Marcelão e o Matadouro de Ipirá está amistosa e civilizada está muito enganado,
a coisa ta fervendo e já teve dedo na cara.
- Tire esse dedo da minha cara, seu prefeito
Marcelão! Eu não sou essa jacuzada que você humilha passando na cara, que seu
Luiz tem o apito surdo e que a marreta é sua. Se você passar pelo asfalto, indo
prá Baixa Grande, nem olhe pra minha cara, siga sua viagem. Eu sou é o
Matadouro de Ipirá, o Bom da Boca, e não bote o dedo em minha cara não, que eu
não gosto!
- Eu já tenho um relatório de sua vida aqui
em Ipirá, seu matadouro! Você é cria do ex-prefeito Toinho da macacada e eu não
vou deixar uma obra da macacada em pé, vai cair tudo na marretada nos miolos
que é pra perder até o juízo.
- Prá cima de muá não, prefeito Marcelão! Eu
já ando retado com você, porque a sua primeira foto com capacete não foi aqui
na novelinha, foi no Caboronga Notícias; sua primeira foto com a marreta não
foi aqui na novelinha, foi lá no Ipirá Negócios, agora tem uma coisa, você não vai
fazer comigo o que fez com a trincheira da avenida, moer a dita-cuja com uma
marreta de 25 kg; não vem não, que aqui não tem regue!
- Seu matadouro! Tu deixa de leutria pras
banda de cá, porque aqui vai ser na marretada. Um demonstrativo de custos do
meu relatório já indica que você, aqui em Ipirá, já foi feito, retocado,
reformado e nunca inaugurado. Com sua presença aqui em Ipirá, já foi gasto uma
grana que dava pra fazer 80 escolas, 45 creches, asfaltar uma banda de Ipirá e
um metrô da Vinte para o Centro de Abastecimento. E você ta querendo o quê? Só
pode ser uma marretada!
- Vai prá lá, playboy! Tu deixa de
aborrecimento prá cima de mim, que aqui é nenhuma, prefeito Marcelão! Tu ta
acostumado a sair por aí, 5 h da manhã, com uma marreta, dando lapiada em tudo
que encontra pela frente e dizendo que é Choque de Gestão; eu quero vê se tu
tem coragem de dá uma marretada no cagadouro da praça! Aí, é mais quinhentos!
Tu vai levar um processo no lombo, que vai perder até o jeito de andar.
- Ah, seu Matadouro, tu não me conhece não!
Aqui é o prefeito Marcelão do capacete branco na cabeça e a marreta na mão, se
dona Maria da Secretaria atravessar na minha frente vai levar uma broca de
marreta, no pé da orelha, que vai se arrepender de ter nome em Ipirá.
- Até a veia? – indagou o matadouro
assustado.
- Nem ela me escapa. Anote aí, quem vai
receber a marretada do prefeito Marcelão: cagadouro; maconhodromo, os dois na
praça; poste dos refletores; pista de skate; Mercado de Arte; Clube Caboronga;
dona Maria; um bocado de jacu que anda azucrinando meu juízo e você, seu
matadouro; eu digo é na cara.
- Ôpa, chega pra lá, prefeito Marcelão! Eu
sou é o Matadouro de Ipirá, eu tenho é 25 anos, nesta terra, sem serventia
nenhuma, e não é qualquer Choque de Gestão que vai mudar minha guia, não!
- 25 anos, marreta do 25, capítulo 25! Bodas
de Prata! Vamos fazer um evento com um bolo de 25 arrobas, com 25 bandas, com
25 horas de fuzarca sem parar; “pode vir, pode chegar, vem gente do mundo
inteiro, vamos ver no que vai dar; tem gente de toda cor, tem raça de toda fé,
vai lá; pra ver, o matadouro balançar, o chão da terra tremer; avisou, avisou,
que vai rolar a festa; o povo no gueto mandou avisar, que vai rolar a festa,
vai rolar.
Suspense:
Êta, novelinha complicada
e chata! Tem gente que já cansou dessa novelinha. Eu não agüento mais escrever
esse troço. Serão quatro anos, de marretada por cima, por baixo, de banda. É
dedo na cara. É muita violência prá todo lado, ainda bem que tudo vai terminar
em parangolé. E o matadouro, nada!
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente. Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles
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