quinta-feira, 7 de março de 2013

RADIOGRAFIA 002.


Conversando com o prefeito: “vamos fazer um Mega São João”
Conversa de rua: “L.. foi contratado por 120 ou 200 mil reais”

As gestões do jacu e do macaco sempre fizeram esse grande São João; esse tão esperado São João; aliás, a grande festa do interior. Quem será o felizardo que fará a contratação da cantoria? Vixe, bixim! Esse é o cargo mais desejado. Não tem concurso e não tem Reda; tem é indicação. Um afilhado é indicado e pronto.

O afilhado faz tudo o que tem na cabeça e tá feito. Se tiver quase nada na cabeça também é bom. Pior do que isso é nada. Embolsa direitinho o garangau público, do jeito que o filhinho de papai gosta. Aí aparece o novo riquinho do pedaço cheio de pose e risinho na cara: “Êta, São Jão bão.” Tem sido assim, com essa jacuzada e com essa macacada.

Cuidado, prefeito petista! O município de Ipirá vive uma “mega seca”, mas para não dizerem que tirei a palavra da boca de alguém, eu vou dizer que o município de Ipirá vive uma “puta seca” e é preciso que se pise em terra firme. Pisar neste rastro de jacu e macaco entorta qualquer gestor sério. Quem é que tem condições de apresentar o melhor projeto para esta festa? Vai ter uma comissão séria para fazer o acompanhamento, a monitoração e a fiscalização dessa produção? Na coisa pública, nada pode acontecer de forma solta, porque tem muita gente mal acostumada pensando que dinheiro público é para comer e aí metem um “canário pardo” um “macaco sem rabo” e um “jacu depenado” na programação da cantoria e o povo vai ter que levar a foto do cantor para ver se é verdadeiro ou falso. Nunca aconteceu isso? É bom que a administração petista apresente a conta da festa ao público. Isso é transparência.

Falando com o prefeito: “vamos fazer estudos de viabilização para implantação de Pólo da Universidade Aberta do Recôncavo Baiano em Ipirá.”

Que não levem quatro anos-luz. O ensino superior tem que chegar a Ipirá. Seja com a Universidade do Recôncavo, com a UNEB, ou com a UEFS, ou com a Universidade da Chapada. O governo do Estado deve ao povo de Ipirá; deve e não é pouco; deve e não é promessa; deve fatos concretos que realizem nossos sonhos.

RADIOGRAFIA 002.

A obra preferida pelas administrações do jacu e do macaco: Pintar meio-fio. Isso é vezeiro. Sai prefeito, fez o que o outro fez: pintou o meio fio. Entra prefeito, repete o que o outro fez: pinta o meio-fio, é reincidente.

Eu fico pensando e buscando um por quê: Será que isso é a maquiagem que a cidade precisa? Muitas vezes, o gestor não tem o que fazer e tem um bocado de funcionário da Infra batendo cabeça, então vem a iluminação na cabeça do sujeito e daí surge a idéia de fazer modificações superficiais em algo, para melhorar o aspecto e embelezar a cidade. Interessante é que eles só usam produtos cosméticos brancos (cal) e eu fico pensando não poderia ser um vermelhão, ai ficaria até engraçado, um meio-fio com batom, mas mesmo assim eu fico pensando que isso é uma maneira de mascarar alguma coisa.

Fico eu com essa cabeça dura em não querer engolir as coisas. É para embelezar e pronto. Imagino uma cidade como Salvador, bela por natureza e horrorosa por provocação, por que será que o prefeito Netinho não dá-lhe cal no meio-fio para deixar a dita-cuja nos trinco? E haja fabrico de tinta, era tinta até umas zora. E mão-de-obra? Ia acabar o desemprego, tudo quanto era vadio ia ficar de quatro, só pintando meio-fio. A capital da Bahia ia ficar uma belezura. Mas essas “cabeça-branca” de lá não quer observar as “cabeça-de-bicho de rabo e de pena” de cá, então fica a capital naquele estado lastimoso.

Eu fico sem querer ver a beleza que é o meio-fio pintado. Que não seja por isso, o dito-cujo pintado deve servir de profilaxia. Serve para combater o mosquito da dengue. Que idiotice essa minha! Que não seja por isso, isso no mínimo serve para eliminar, trucidar, aniquilar as bactérias que infestam a cidade. Pronto! Que vão todas para o inferno. É assim que se limpa e se embeleza a cidade.

E a emoção? Botou a bola na marca da cal. Todo mundo fica na expectativa do gol. Não é isso? Pense bem, a cidade está na marca da cal. Eu sei uma coisa: se eu acordar e enxergar esse centro da cidade com o meio-fio pintadérrimo, eu não terei mais dúvida, esse governo de Ipirá não é da estrela do Botafogo, é do mais genuíno segmento dos macacos apurando raça. E tome-lhe cal, Ipirá!

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