sábado, 26 de março de 2016

O CAMPEÃO VOLTOU



Estamos na quaresma, se Judas tiver de deixar alguma coisa para a macacada em 2016, já esta definido, vai deixar assombração e abismo. Não será nada fácil vencer o pleito de outubro 2016. O que a macacada vai encontrar pela frente é um abacaxi com casca de jaca, que vai ter que engolir.

O vídeo da macacada parecia um velório, só faltou mostrar o defunto. Eles tinham perdido, por desistência, o pré-candidato mais encorpado e com maiores possibilidades dentro do grupo, o Dudy, e tiraram das nuvens um discurso de que o grupo tinha um candidato forte e em condições de vencer as eleições 2016. Nome: qualquer um.

Veja que situação: o grupo na boca da onça; no maior esparro do mundo; um pouco melhor do que aquela de Vavá Kabila e eles acham que vão garantir a vitoria com ‘qualquer um’! Eles acham que ‘qualquer nome’ vira e revira esse jogo. Isso é um pensamento simplista e eivado de apaixonite aguda. Nas condições atuais, dentro do grupo macaco não tem um nome com o potencial de Dudy. Se este tem condições de vitoria? É outra conversa.

A situação ganhou contornos de confusão quando Dudy deu entrevista, no programa Top Sport, ao comunicador Manoel Hito. Ele foi categórico ao citar como o único motivo de sua desistência o fato do prefeito Ademildo não ter aceito René na vice, desde quando, o prefeito queria a vice para o PT. Dudy foi fidedigno ao seu pacto de vida ou morte com René. Foi homem e garantiu a palavra empenhada:” Sem René na vice, eu não sou candidato a prefeito”.

Depois do encontro com o prefeito, aconteceu a reunião da segunda-feira, em Salvador, com a macacada, e foi o dia da desistência. É aqui que está a contradição de Dudy, porque ele deve ter apresentado o seu único e verdadeiro motivo (a aceitação de René) e não foi ratificado pelo grupo, aí ele desistiu, pois que, se o grupo tivesse aceito ele não desistiria. Então, de forma lógica, não foi só o prefeito que não aceitou o vice, foi o prefeito e o grupo da macacada.

Vamos partir do pressuposto de que o grupo aceitou René como vice, então não haveria motivo para Dudy desistir, mas que desistiu, desistiu! Então a razão que levou a isso não foi a recusa da vice, mas outros motivos não mencionados na entrevista e de competência do grupo, mas que foram sonegados porque a intenção na entrevista era jogar toda a culpa nas costas do prefeito Ademildo.

Na realidade, o grupo da macacada está em crise, até mesmo pelo desgaste de doze anos na administração municipal. Nesses momentos de aperto, até mesmo, as idéias parecem fugir. Com a desistência de Dudy resolveram escolher outro pré-candidato por meio de pesquisa com quatro nomes.

A saída da crise não é tecnicista. Vamos supor que o primeiro colocado tenha uma rejeição maior do que o segundo (qual é o melhor?); se houver empate técnico? Se houver erro na coleta de dados? E mais outras questões que não respondem à problemática e cria mais problema ao alimentar duvidas e suspeições. O campeão voltou, suspende-se tudo.

A questão é política. A tarefa da macaca é uma espinha atravessada na garganta: Como vencer Marcelo Brandão no pleito 2016? O grupo macaco sozinho é praticamente impossível, haja visto, a crise que vive a macacada; a desorganização que apresenta; o resultado da eleição 2012; o desgaste administrativo; as perdas do percurso; e outras mais.

A tábua de salvação é a aliança política. Tem gente da macacada que entende que não é assim e chegam ao ponto de falar em tom de ameaça ao prefeito Ademildo, que vão entregar todos os cargos municipais de confiança em junho. Se o fizerem, estarão comprando o terno de posse de Brandão.


A questão é política: Qual é o candidato que tem maior probabilidade de unir o maior número de forças políticas para se empreender uma luta política capaz de mudar uma tendência fortíssima que se apresenta? Diomário sabe que é por aí e não na base de “O campeão voltou”. Ipirá está calmo e tranqüilo; o Brasil está pegando fogo.

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