O coronavírus continua subindo o Monte Everest, está na base
da montanha e tem muito chão pela frente. O total de casos confirmados no mundo:
2.240.191 pessoas, com 153.822 mortes. Encontramo-nos, ainda, na fase de
aceleração descontrolada, com o bicho ganhando altura.
Nos Estados Unidos são 706.880 casos de infectados, com 36.987
mortes.
No Brasil são 34.221 casos confirmados e 2.171 mortes.
Na Bahia são 1.059 casos e 36 mortes.
Em Ipirá está confirmado o primeiro caso, embora não
notificado para o nosso município.
O caso mais próximo estava em Feira de Santana, 100 km de
distância, agora chegou, está na nossa área, mesmo não sendo registrado na
conta de Ipirá.
Temos que considerar, desde quando, trata-se do vice-prefeito
da cidade, o médico José Ricardo, um cidadão bastante conhecido no município e
com grande relacionamento. Que tenha um breve restabelecimento é o desejo de
todos nós.
O prefeito Marcelo Brandão, em seu comunicado pela FM, buscou
passar a idéia de que Ipirá continua sem nenhum caso de infecção, mesmo diante
de um caso efetivo, que teve trânsito em nosso território, assim sendo, o
prefeito MB procura imitar um avestruz, que bota a cabeça dentro de um buraco
para não enxergar a realidade.
Na estatística não, mas na realidade sim, o perigo bateu em
nossa porta, está na nossa esquina; com tanta aglomeração na cidade, o nosso
sinal de alerta é vermelho.
Talvez, o prefeito MB, tenha se colocado desse modo, para
manter certa tranqüilidade no município, evidente, que não é motivo para
pânico, mas a precaução tem que ser redobrada e o isolamento social continua
sendo a melhor maneira de proteção contra o vírus e de controlar a epidemia.
Existe a necessidade urgente de se avaliar e se modificar o
comportamento da população de Ipirá. Tem sido de indiferença, descaso e de
descrédito diante do perigo que ninguém enxerga, mas só vê a bagaceira.
O centro de Ipirá está pipocando de gente, principalmente
pelas manhãs. Tem excesso de gente na Praça do Mercado e, justamente, pessoas
que receberam o Auxílio Emergencial do governo federal para ficar em casa.
A concentração de pessoas é um grande revigorante para o
contágio. Parece que as pessoas acham que o contágio está na Lua. Não se deve
dar sopa para o coronavírus.
Não é fácil tirar o povo da rua. Parece impossível acabar com
as concentrações de pessoas nas ruas. Em Ipirá, com este primeiro caso,
entramos numa fase de alta complexidade.
Toda a população tem que rever o seu posicionamento diante da
pandemia.
O Poder Municipal tem que agir, porque estaremos diante de uma
situação insustentável, caso aconteça a propagação da doença em nosso município.
Ou se acaba com a aglomeração de pessoas das ruas de Ipirá ou
o estrago será imprevisível, com uma progressão geométrica no número de
infectados e com o efeito dominó estraçalhando o que encontrar pela frente.
A economia de Ipirá está
no balanço da roseira. O setor coureiro está entrando no gargalo. Empresas
estão despedindo funcionários. A fábrica de calçados retornará no dia 22 deste.
Como será esse retorno dos operários para que possam voltar a trabalhar em
segurança? Não sabemos.
Não me furto em dar opinião, nem que
não seja nada disso e esteja completamente equivocado. Tem empresas que estão
colocando médicos para monitorar seus funcionários de forma permanente. Um
espirro já é motivo para avaliação.
No sentido de reduzir o contingente
de operários na área de produção, coloco como sugestão para os próximos 30
dias, em que a contaminação está chegando ao pico no Brasil, seria a ampliação
dos turnos de trabalho, com uma divisão de quatro turnos de 6h, para diminuir
por quatro o número de funcionários ou até mesmo, trabalhar dia sim, dia não.
Depois, desse momento crítico, as coisas voltariam à normalidade.
São idéias que podem ser sem sentido,
mas é apenas o intuito e a vontade de colaborar e puxar outras sugestões, para
que as coisas não sofram contratempos.
O Ministro da Saúde Henrique Mandetta
já foi. Caiu na subida do pico da pandemia. A tarefa principal continua na
ordem do dia: diluir o ritmo da contaminação para evitar a saturação dos
serviços de saúde. Ipirá só tem seis respiradores, não suportaria o ritmo de contaminação que vigora em Feira de
Santana.
O trauma da população é forte, angustiante e
repetido, que os governantes não esqueçam. Sem vacina e sem remédio apropriado,
mesmo assim, se recuperaram 568.343 pessoas contaminadas no planeta.
No Brasil foram recuperadas 14.026 pessoas que
estavam contaminadas. Sob o ‘efeito manada’, sem as medidas do distanciamento
social, em algumas projeções, teríamos 19,5 milhões de mortes. Que o exagero imploda
a amnésia dos governantes de ocasião.
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