Foi um final de semana de muita
violência em Ipirá; isso é bastante lastimável. Resta-me relatar mais uma grave
atrocidade ocorrida em nosso município, desta vez, uma chacina terrível ocorrida
na zona rural, que deixou onze corpos, com quatro perfurações no pescoço de
cada um, estirados num lamaçal de sangue.
Um grupo de oito meliantes ficou na
espreita e montou uma emboscada que favorecesse a um ataque eficaz, feroz e
fatal, que não deixasse nenhuma brecha de escapatória ou de salvação àquele
agrupamento.
Os velhacos, amotinados e
agachados, escorregaram sorrateiramente por entre os arbustos de forma camuflada
e escondidos pelas sombras posicionaram-se em ponto de ataque.
A ação violenta foi concretizada de
forma avassaladora, apoiando-se no elemento surpresa e com base na sua natureza
rude, violenta e obsessiva, que usa a força bruta como meio para manter o seu
terror.
O cerco e o ataque violento
facilitaram a boa execução da mortandade e demonstrou o tamanho da crueldade,
da ruindade e da perversidade utilizada no dilaceramento e estraçalhamento dos
corpos. Foi um ato predatório medonho.
Naquele instante, a matilha mostrava
a sua outra natureza. Quando um cachorro ataca e mata uma ovelha, ele o faz
para sentir o gosto do sangue quente, transformando-se num cachorro-vampiro.
Vira um matador em série, podendo matar dezenas de ovelhas num único ataque,
simplesmente pelo vício de matar para sentir o gosto do sangue quente. Nestes
casos, a solução é pena de morte ou prisão perpétua.
Todo cachorro da roça é um matador
de ovinos? Não. Tem uma propriedade no Rio do Peixe, que a amizade entre um
borrego e um cachorro é tão grande que quando passa uma moto pelo terreiro, os
dois disparam atrás do veículo, até cansarem, aí os dois retornam, lado a lado,
para a sede da fazenda. Vale a lembrança de que existem os cachorros que
pastoreiam o rebanho auxiliando o homem no manejo dos animais.
A população de cães tem crescido
muito no município de Ipirá. Na zona rural, quando não são alimentados pelos
seus donos ficam zanzando pelo campo e atacam outros animais. Na zona urbana,
enchem as ruas com seus corpos esqueléticos, barrigas murchas, com tripas
ralando-se e consumindo-se, ao tempo que se infestam de doenças. As ruas de
Ipirá estão ficando abarrotadas de cachorros largados, vivendo nas ruas da
cidade em situação de abandono e famélicos.
Como seus antecessores, o prefeito
Dudy permanece insensível ao problema. Infelizmente, uma prefeitura que fatura
mais de 120 milhões de reais por ano, não tem condições de organizar uma campanha
efetiva de castração em massa de cachorros em Ipirá. Essa é a questão: não pode
ou não quer?
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