O prefeito de Ipirá, Ademildo Almeida, do PT, estava sendo ameaçado de afastamento pelos vereadores, mesmo sem haver indícios relevantes e consistentes. O prefeito ficou receoso e temeroso com o fato, não pensou duas vezes, ajoelhou e rezou na cartilha dos vereadores. Foi escancarado o “trem da alegria” na área da educação.
O
prefeito Ademildo, do PT, mostrou o lado doca; demonstrando uma fragilidade
gritante e os vereadores ficaram robustecidos e confiantes diante de um prefeito
que não segura com firmeza qualquer posição ou decisão tomada, estribuchando-se
num vai-e-vem constante. Os vereadores sabem que o prefeito não governa com
minoria na Câmara e saíram na correria para arranjar diretor de escola. É um
“Deus nos acuda.” É uma verdadeira farra.
Teve
vereador oferecendo diretoria de escola a migué, chegando ao ponto de telefonar
para uma pessoa e perguntar: “Você não quer uma diretoria de escola?” e o
indagado respondeu: “Não, obrigado! É uma questão de princípio.” Esta conversa
foi e está gravada no celular. É um leilão ou um cabide de emprego? É isso que
é justo e que está correto, prefeito? É por aí que deve caminhar a educação de
Ipirá? É esta a solução para uma educação de qualidade? O que vai melhorar na
educação de Ipirá com esse festival de ofertas, parecendo uma liquidação
comercial?
O
prefeito Ademildo cedeu. Interessante é que as causas do provável afastamento
não desapareceram num passe de mágica, continuam no mesmo patamar, embora
engavetadas, para o próximo ataque. O prefeito poderá virar refém da Câmara, a
não ser que ceda, ceda, ceda cada vez mais, justamente naquela questão que ele
faz questão de dizer que não cederá por hipótese alguma. Vá devagar prefeito
que o rei do jogo de xadrez poderá virar o cavalo da grande batalha.
Não
importa que a educação seja prejudicada. O que vale é o interesse eleitoreiro
dos vereadores, que têm que garantir salários para cabos eleitorais que
defendam seus interesses nas escolas. Para onde vai um troço desse? Esse troço
que estou falando é a educação das crianças e jovens de Ipirá.
Com
tudo isso e por tudo isso, o município de Ipirá é o grande derrotado;
tristemente derrotado. É justo que Ipirá não tenha maca, ou lençol limpo, ou
remédio no hospital, mas que na campanha eleitoral o dinheiro público saia pelo
ralo para bancar o candidato oficial do grupo que está no poder? É justo isso?
É
justo que o grupo que está fora do poder, e até mesmo o que detém o poder, tome
dinheiro emprestado para bancar suas candidaturas e depois, o eleito, se ache
no direito de tirar o dinheiro da prefeitura para cobrir o que gastou na
campanha? O dinheiro público paga a eleição antes e depois. É justo isso? É
justo parar o município por seis meses para pagar o dinheiro emprestado da
campanha? É justo que o cidadão ipiraense pague IPTU para que esse dinheiro
seja reembolso de campanha? Esse é o grande mal-estar dessa terra. É assim que
Ipirá é estuprada.
É
justo que o dinheiro público de Ipirá seja fatiado entre espertalhões do grupo
político vencedor, seja lá quem for, enquanto o município está atolado na seca
e no empobrecimento? Vou fazer um Raio X para você entender essa engrenagem. A
prefeitura é uma fazenda que não tem tempo ruim, ou seja, não tem seca. A
prefeitura tem 18 filés-mignon, falando em português, o melhor quinhão, o mais
desejado e apreciado. Têm uns 50 macacos e uns 50 jacus que matam o pai e a mãe
por um filé desse. Toda briga politiqueira de Ipirá está em torno disso. Quem
vai “comer”, “papar”, “mamar” esse filé?
Vamos
ao filé: (vou colocar meus valores para ver se a transparência tem a coragem de
divulgar o valor real) 1. Contrato para coleta do lixo, 250 mil reais/ mensal –
2. Contrato da informática, 900 mil reais/ anual (quase passa) – 3. Contrato do
transporte escolar, 250 mil reais/mensal – 4. Locação de carros, 30 mil
reais/mensal – 5. Aluguel de casas, 50 mil/ mensal – 6. Contrato gasolina, 1
milhão/ anual – 7. Segurança eletrônica, 84 mil reais/ anual – 8. Segurança
particular, 60 mil reais/anual – 9. Contrato de remédios, 1 milhão/ anual – 10.
Empreiteiras, 500 mil/ mensal – 11. Fornecedores: Supermercado, 140 mil/ mensal
– 12. Material de Construção, 300 mil/ mensal – 13. Frigorífico, 80 mil reais –
14. Papelaria, 40 mil/ mensal – 15. Publicidade e Marketing, 800 mil/ anual –
16. Contratar bandas São João, 60 mil/tarefa – 17. Contrato Programa de Rádio,
120 mil/ anual. 18. Carro-pipa 150 mil reais/ mensal (temporário)
Agora
é a vez da macacada. A jacuzada fica arruinada para desbancar a macacada e
chegar a sua vez de dividir o bolo. Não tem santo. Essa é a elite de espertalhões
que briga pela prefeitura e que lucra com a politicagem de Ipirá. São os marajás
que são os grandes beneficiados com a politicagem desta terra. Basta que algum
prefeito mal intencionado coloque 10% de comissão/mensal para sair abarrotado.
Ainda bem que isso não acontece em nosso município, porque todos os prefeitos
de Ipirá saíram pobres e lisos. Não é átoa que essa gente se envolve na
campanha, é tudo “por amor a Ipirá.”
Entre
os assalariados também tem seus marajás. Um casal de médicos na condição de
lideranças e filiados ao grupo percebem 30 mil cada/ mensal – 60 mil os dois.
Os médicos da jacuzada estão esperando a sua vez de pegar essa bolada, basta
colocar os macacos para fora. Tem mais marajá: Assessor Especial Técnico em
Planejamento, 60 mil/ anual. Esse é uma espécie de químico em conta de
prefeitura. Veja que nome de marajá bonito: Mestre em Saúde Coletiva para
Acompanhamento e Assessoria em Programas e Projetos junto à Secretaria
Municipal de Saúde no período de 26/3 a 31/12/2013, valor 24 mil reais, prazo
26 dias. É assim que o sistema rumina seus apaniguados enquanto o município
está entregue ao descaso, com ruas sujas, obras mal feitas, hospital sem coisas
básicas, educação de faz-de-conta, a miséria se alastrando. Quer mais do que
isso?
Ah!
Sim! A fazenda que não tem tempo ruim, também tem o seu lado chupa-molho: são
os trabalhadores que ganham o salário mínimo e aqueles profissionais que estão
com os salários defasados. Pena que o vereador Arnor do Sindicato, do PT, ainda
ache que o prefeito Ademildo, do PT, vá governar ouvindo as organizações
sociais porque ele deu a sua palavra na posse. O Sistema, meu nobre vereador,
não vai deixar. A APLB que o diga. Ipirá é quem perde.
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