sábado, 3 de janeiro de 2015

CRAVADO 2015.


A notícia do final 14 que foi uma bomba e deve ter causado um certo impacto surdo foi a predisposição do deputado Jurandy Oliveira em colocar seu nome para prefeito em 2016, daqui a dois anos.

Daqui a dois anos! E ele já está pensando em ser candidato a prefeito! É o típico político profissional que dorme e acorda pensando em eleição. Pensando bem, na eleição dele. Tem que ser ele. Nunca se observa Jurandy lançando um outro nome. Tem que ser o dele e só deixa de ser pretendente na cinza, quando é colocado de escanteio pelo grupo e não tem mais jeito; aí ele se conforma parecendo um bom menino, mas encontrando a porta aberta quer entrar.

Não é que o deputado Jurandy não tenha esse direito. Tem! Mas, venhamos e convenhamos, Jurandy é o deputado que tem mais mandato estadual na Bahia, correndo atrás de Manoel Novaes, o Rei do São Francisco, que tem doze mandatos federais e, Jurandy somando mais um mandato entrará direto no guiness book como o único a ter nove, dez, onze, sei lá, mandatos. Neste aspecto, Jurandy tem a preferência, não tem concorrente à altura e não se descarta o direito adquirido.

Agora, prefeito! O deputado tem esse direito dentro da legalidade? Tem. É no mínimo questionável a prerrogativa do direito decorrente da autoridade de quem já foi. Algumas perguntas que não se tem o costume de fazê-las, mas que deveriam ser postadas como critérios à escolha dos pretendentes: Qual é o perfil que deve ter um candidato a prefeito de Ipirá? Os grupos em Ipirá precisam renovar suas candidaturas? O município de Ipirá necessita e tem que dar chances a jovens e promissoras experiências? O município ganha esperança e renovo com essas candidaturas batidas e vezeiras?

Que a pretensa candidatura à prefeito do deputado Jurandy não seja fruto do orgulho, da vaidade pessoal e do personalismo excludente. Que não seja! Que não seja um blefe! Que não seja um barro na parede para ver se cola! Que não seja nada disso.

Que sejam razões políticas. Aí é outra conversa. Uma conversa bem simples e direta. A possibilidade do grupo da macacada lançar um nome puro-sangue, representativo e da própria essência dos macacos esgotou-se, é zero cal, principalmente, depois da famigerada e mal explicada renúncia de Ana Verena. Só resta, justamente, o deputado Jurandy Oliveira. Diomário é laranja na estrada.

Outra conversa bem simples e nutritiva começando com algumas perguntas: Por que essa pretensão se o atual prefeito Ademildo ainda falta dois anos de administração? Essa conversa não é precipitada? Essa conversa não desgasta o atual prefeito Ademildo? O que representa politicamente uma conversa dessa?

No mínimo, a macacada está doida para que o prazo de validade do prefeito Ademildo passe logo; que termine logo; que voe feito um Boeing no oceano Índico em período de tempestade. Uma pergunta bem simples: Mas, a administração do prefeito Ademildo não é a melhor administração que já aconteceu em Ipirá? Só na cabeça do prefeito Ademildo, para a macacada não. Espremendo o bagaço da laranja fica um suco vencido para ser jogado fora. Ademildo não é o candidato do agrado da macacada nem a pau.

Com um nome forte (Jurandy) apresentando-se para a sucessão, resta quase nada ao prefeito Ademildo, a não ser precaução. Não aceite pesquisa, nem votação para a escolha; porque você será derrotado e bem derrotado, ai vai ter que faltar com a hombridade e a lealdade à ética, tendo que acatar a vontade da jacuzada por vingança. Não vá por aí! Só tem uma chance para o atual prefeito Ademildo ser o candidato da macacada: no grito, com o podão e o facão na mão e cortando pescoço. Não sendo assim, Jurandy Oliveira lançou seu nome para pavimentar e asfaltar a candidatura de Diomário. O grupo da macacada não tem muita saída à vista.

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