Estilo:
ficção
Modelo:
mexicanoNatureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 12 (mês de maio 2015)(atraso de 4 meses) (um por mês)
O
prefeito Bal tomou todas as providências para se livrar de qualquer inhaca que
estivesse impregnada na prefeitura e mandou fazer uma pintura geral. Um
funcionário, meio displicente, derramou uma lata de cola no assento da cadeira
principal do gabinete do prefeito. O prefeito Bal, sem perceber, sentou na
cadeira, pronto, estava colado.
O
ex-prefeito Dió passando pelas proximidades do Centro Administrativo, se assim
podemos chamá-lo, e com o peito carregado de saudade, assim pensou: “vou fazer
uma visita ao meu amigo prefeito Bal.”
Adentrando
ao gabinete, sem bater na porta, o ex-prefeito Dió pegou na mão do prefeito e
falou:
-
Levante prefeito Bal, para falar com o maior administrador que essa terra já
teve!
-
Não posso, ex-prefeito Dió! Já tentei diversas vezes e não consigo.
O
ex-prefeito Dió pegou na mão do prefeito Bal e deu um sacolavão conseguindo
movimentar o prefeito e a cadeira também. Não solucionando o problema e
pressentindo que o problema era sério, o ex-prefeito Dió pensou: “esse sujeito
tem quinze dias sentado nessa cadeira e já está com tanto gosto, que não quer
mais sair. Imagine, ficando um ano! Vai querer ficar mais quatro. E eu, onde
fico? Vou tomar providências agora mesmo.”
O
ex-prefeito Dió dirigiu-se ao pátio da prefeitura e chamou cento e cinquenta
homens que estavam sem fazer nada e levou-os ao gabinete. Fizeram o maior
esforço e não conseguiram arrancar o prefeito Bal da cadeira. O ex-prefeito Dió
pensou: “já sei o que vou fazer!”. Pegou o celular e telefonou para o seu amigo
e governador De Costa.
-
Pense bem, governador De Costa! Para Ipirá, eu cobro medidas urgentes e não
tenho sono enquanto não as tenho atendidas; inclusive, neste momento, temos uma
urgência urgentíssima, que é não deixar o prefeito Bal tomar gosto pela cadeira
que está sentado, nós temos que arrancá-lo logo, antes que ele bote na cabeça que
é um direito que pode ser estendido a qualquer pessoa simples e queira ficar
sentado mais quatro – disse o ex-prefeito Dió.
-
Certíssimo, grande líder ex-prefeito Dió! – respondeu e continuou falando o
governador De Costa – Para Ipirá, eu não nego nada. Não durmo enquanto não
atendo aos pedidos de Ipirá. Vou mandar um guindaste holandês, fabricado pela
Mammoet Bliebherr, uma máquina de última geração, com potência para levantar
500 toneladas. Essa máquina só falta falar.
Dez
carretas trouxeram o guindaste gigante de 200 m de altura, que tinha duas letras de cinco
metros, um M e um B, estampados bem na frente. Ao chegar em Ipirá, em frente à
prefeitura, aconteceu um verdadeiro milagre; o guindaste falou:
-
Eu vou tirar esse prefeito dessa cadeira.
O
ex-prefeito Dió assustado com o tamanho das letras MB, que o guindaste gigante
carregava, foi proferindo em voz altissonante e grave:
-
Eu sei perfeitamente que MB significa Maquinas Brasileiras, mas goste quem
gostar, esse guindaste dessa firma MB, ou melhor ainda, essas letras MB não
entra nessa prefeitura de jeito nenhum, nem aos 49 minutos do segundo tempo!
O
guindaste com o letreiro MB deu um pinote e falou:
-
Eu não sei onde é que estou que não esmago esse sujeito. Para evitar confusão,
eu vou, agora mesmo, para aquele matadouro e vou botar aquilo lá para
funcionar.
Quando
o guindaste com as letras MB partiu em direção ao matadouro, o ex-prefeito Dió
entrou no gabinete do prefeito Bal, relatou o que ocorreu e chamou-o para ir ao
matadouro. O prefeito Bal replicou:
-
Da minha cadeira eu não saio.
-
Vai V. Exa. e a cadeira – retrucou o ex-prefeito Dió.
Quando
a comitiva do prefeito Bal, sentado na sua cadeira, chegou ao matadouro, o
guindaste, com as letras MB, estava cravado no asfalto em frente ao matadouro e
o guindaste gigante esticou o braço e pegou um boi na fazenda de Canjinho no
Rio do Peixe. O ex-prefeito Dió quando viu aquele boi numa altura de 200 m ficou preocupado e
pensou: “esse guindaste, dessa firma MB, pensa que é prefeito e vai inaugurar
esse matadouro de Ipirá e isso não pode acontecer!”
O
ex-prefeito Dió olhou para o lado e viu um macaco, que é bicho ligeiro e pula
de galho em galho com uma facilidade que não tem equiparação, e ordenou-lhe:
-
Suba nesse guindaste da firma MB e fure os olhos dele, senão ele inaugura o
matadouro.
Suspense:
e agora, esse matadouro sai ou não sai? E agora Ipirá? Será que agora vai? Será
que o fazendeiro Canjinho vai deixar seu boi inaugurar o matadouro? Será que o
macaco vai furar os olhos do guindaste da firma MB, a famosa firma Mammoet
Bliebhen? Êta novelinha complicada. Será que o prefeito Bal não vai ter o
direito de continuar na cadeira?
O
término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse
Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles
brincam com o povo e o povo brinca com eles.
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