Desemprego
em crescente. Crise econômica afinando as cordas. Crise política no miolo do
pão. Senador petista preso. PT retira solidariedade. Em Ipirá, ninguém quer o
PT para a vice. A estrela incandescente afundou-se em Ipirá. Serviu de
sabonete-de-macaco. Por culpa própria e dos outros. Os outros forçaram a barra;
a culpa própria engoliu-a. O PT de Ipirá não sabe se vai ou se fica, tem que
ficar. Hoje, atrapalha o prefeito Aníbal, que é prefeito, mas tem que tolerar o
PT e ainda não assumiu o prefeito que é. Sempre esperando o que não é ou nunca
foi. Era um ninho de macaco, com ninhada de macaco.
A
aristocracia familiar já tem pré-estabelecido, sem novidades. Com pena de lá
sofrência del pueblo destas bandas envia-nos el salvador de lá pátria, de lá
família e da lá propriedade. É lá tradicione. O governador Rui já despachou a
ordem de serviço: “Ipirá é questão de honra, é a mais importante PM da Bacia do
Jacuipe.” Nessa hora é estratégica. Água dura sem bacia. A fervura que faltava
na bacia. Promessa e promessas. A turma da comilança quer ver bambá.
A
pequena-burguesia lançou seu pré-determinado, com novidades del astro.
Catiripapo e gengibre descendo garganta abaixo para amaciar, sempre pelo amor a
esta terra. Minhoca gosta mais da terra. O avalista é o senador Otto. Aval mais
forte é o de Diomário. Mais que demais. Esse é o que não bate na porta da
governadoria e não fica do lado de fora engolindo o que não deve. Entra, tem média,
toma cafezinho e decide. Se Diomário não meter a mão na massa, não sai pão. Vai
ficar nesse chora bebê.
Aristocracia
e a pequena-burguesia se esgoelando. O peão de mão calejada cuspindo brasa
encabulado. O operário do fabrico perdido num saracoteado embrulhador. O
caminho do paraíso nunca teve tanta cruz. Desgraça alheia é pequeno café,
porque café pequeno é não ter uma cruz no fim da estrada. A classe operária é
classe social, expoente da construção da sociedade, mesmo que não se ache como
tal. Proletários, uni-vos. É muito forte. É mais que os demais. É ver além do
além.
O
grupismo vive seu momento crítico por si só, porque é um mecanismo devastador e
solapador de recursos. O líder na frente e o impostor atrás. O líder levando e
o impostor confabulando. Custa caro ser líder. Custa grana viva.
Assistencialismo e clientelismo de mãos dadas. O sistema é bruto. Engole os de
dentro e come os de fora. O preço da campanha tem cara de conta de borrachudo. Voto
comprado. Ninharia por voto. De ninharia em ninharia, chegamos ao mensalão,
petrolão, quebrou o Brasil. De ninharia em ninharia, chegamos a sofência, a
astro, a chora bebê. Quebra! O quê? Ipirá.
Não
tem quem agüente esse esquema. O monstro vai engolir o mantenedor. As bandas
podres usufruem. Atenção, aristocracia e pequena-burguesia, quem avisa, inimigo
não é. Ipirá quer solução e não confusão.
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