A NOTA DE ESCLARECIMENTO do prefeito
Marcelo Brandão foi uma exemplar peça de acusação aos prefeitos macacos, aos
prefeitos jacus e a ele próprio; trata-se de um libelo condenatório da
politicagem jacu e macaco em Ipirá. APODRECEU.
“A Polícia Federal esteve em Ipirá recolhendo documentos referentes
a contratos de transporte escolar das gestões passadas, quando foi levada vasta
documentação” Não serviu de
exemplo nem levantou temor.
Era o esquema da cooperativa de Vitória
da Conquista que, se não foi fonte de propinas, onerava os cofres públicos com
a intermediação, a tal da terceirização. Uma vergonha e malandragem.
A Polícia Federal retornou nesta
terça-feira à Ipirá, diz a nota: “Fomos notificados sobre o contrato de transporte escolar entre a
prefeitura e a empresa ,que é investigada em outros municípios . Entregamos
toda documentação , inclusive o distrato com aquela empresa, uma vez que já não
presta serviços a esse município.”
Não é a mesma cooperativa das gestões
anteriores, trata-se de outra empresa, que é investigada em outros municípios e
‘aqui’ também. O distrato passa a
borracha em tudo? Se a data do distrato foi após a primeira viagem da PF, o
fato já estava consumado e verificado com a entrega da documentação. Um abraço.
Já foi!
“A investigação sobre o transporte
escolar em Ipirá tomou porte e abrange as últimas administrações até esta data
, e nós não deixaremos de prestar quaisquer esclarecimentos...” Disse na nota. Aqui ele entregou todo
mundo e não livrou a cara de ninguém, nem a própria.
Infelizmente para alguns e felizmente
para outros, o prefeito Marcelo Brandão está em maus lençóis, com um nó no
pescoço e as duas mãos atadas. Recebeu o segundo cartão amarelo e o juiz meteu
a mão no bolso para tirar o vermelho. É uma situação difícil.
O prefeito MB tem direito a defesa, como
qualquer outro cidadão. Com essa argumentação utilizada na NOTA ele não
convence nem a si próprio. É de uma fragilidade inapropriada e tem fissuras.
Vai ter que constituir um advogado top
de linha, com experiência Lava-jato e com cachê de um milhão, ou sobra na
buraqueira e é melhor ir afiando a língua para a delação premiada.
A bronca maior cai justamente no costado do prefeito MB. Foi
divulgado na imprensa: “Segundo a PF, existem
comprovantes do recebimento de recursos indevidos por Marcelo Brandão e Afonso
Mangueira, incluindo vídeos e mensagens, ambas de 2017. No entanto, as imagens
não podem ser divulgadas. Já o repasse para Brandão ocorria por transferência
eletrônica. Os dois prefeitos, de Ipirá e Pilão Arcado, foram afastados pelo
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por 10 dias.” Isso é de uma gravidade
estratosférica, incriminatória e de uma culpabilidade clara e evidente, se
assim o for.
Se a PF levar para o processo contra o prefeito, os áudios dos
proprietários de ônibus e prestadores de serviço, que transportam alunos em Ipirá,
sobre a situação que eles vivenciam neste município neste mandato e há muito
tempo e por outros mandatos, aí o mundo desaba. Eu não quero nem pensar no
estrago. Mande áudio!
Só existem duas situações para o prefeito MB tirar essa corda do
pescoço: se tudo isso for um sonho macabro, o que não é; ou se a PF estiver
criando uma grande ilação, o que não pode ser e não deve ser.
O prefeito Marcelo Brandão vai ter que se defender muito bem
defendido, porque aquela defesa com Crecenço, Jorjão e Xadú do Andú F.C. (time
de futebol da década de 50) só sabia dá bicuda na canela e foguetão prá bola
ganhar as nuvens, igualzinho à Nota de Esclarecimento do prefeito, não vai
servir para nada. É o aperto do nó da garganta.
Esse é o desenho que a politicagem do jacu e macaco projetou para
Ipirá. Demorou muito de acontecer, mas aconteceu, restando pouca saída, talvez
a mais honrosa seja a lição do temor e o apego à ética.
Se assim não for o procedimento e o gestor municipal não dispunha de meios
para respeitar os munícipes ipiraenses, em tal perseverança o que a prudência,
a dignidade e o bom senso lhe aconselham é a submissão às circunstâncias dos
acontecimentos e que a justiça seja feita nos ditames da lei.
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