Ipirá tem praças de causar inveja a muitas cidades: Bandeira, Puxa, Barão, Santana, Mercado, Campo do Gado. Simplesmente, meia-dúzia de belas e grandes praças. Dá para contar a história e a trajetória de cada uma delas em verso e prosa, do jeito que o freguês desejar.
É preciso explicar e conhecer o espaço urbano produzido pela sociedade, porque cada praça é traduzida num conjunto de referências socioculturais que não podem negar, nem negligenciar as relações de afetividade entre as pessoas e os espaços urbanos.
O Puxa configurava-se na praça mais arborizada de Ipirá provocando um sombreamento intenso e uma ventilação agradável. Atraente pela tranqüilidade apresentada no alvorecer promissor e no entardecer bucólico sempre colocado à disposição das pessoas.
Aparece o prefeito Marcelo Brandão, um visionário das causas nada populares e, sem conversa e com rodeios, achou de plantar um prédio no meio da praça; não se dando por satisfeito e imbuído de propósitos inconfessáveis roçou o mato, destocou as plantas e fez um desmatamento, passando a moto-serra em árvores.
Não plantou uma árvore, muito pelo contrário, cortou-as para fazer uma área de estacionamento para automóvel, reduzindo o espaço à mobilidade humana e privilegiando o espaço para o carro. A questão urbana diz respeito a todo e qualquer morador desta cidade. O povo irá julgá-lo.
PUXA, PRÁ QUE TE QUERO?
Contra as
sórdidas intenções,
Bandeira
neles,
Puxa prá cá
a Barão
(praça) desprezada,
que Santana
já foi
vê o
Mercado nas cinzas
porque o
Campo do Gado encontra-se atolado.
Respeitem a
história.
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