domingo, 2 de agosto de 2015

OLHA BEM O QUE OS SENHORES ESTÃO FAZENDO COM IPIRÁ!

Senhoras e senhores! Observem bem o que vocês estão fazendo com Ipirá! O que eu quero dizer para vocês é algo muito simples: Ipirá não é qualquer coisa para ter um tratamento qualquer; Ipirá não é uma ninharia para ser conduzida de qualquer jeito, por cima de pau e pedra, muito menos, trocando os pés pelas mãos. Entendam o que eu quero dizer.

Economicamente, Ipirá não vive um espetáculo. Estes anos subseqüentes de secas atrofiaram a produção rural do município provocando a redução ou o esgotamento de recursos econômicos do setor produtivo rural do município. Essa precarização criou uma sociedade empobrecida, sem poder de investimento e a mercê de programas governamentais. Na esfera urbana, com a grande maioria da população que trabalha sobrevivendo no leito da baixa renda, com um desemprego elevado e uma pobreza volumosa, Ipirá vai vivendo do programa de Bolsa Família e dos benefícios da aposentadoria. Este é o limite de Ipirá. Se não produz não desenvolve.

A grande crise de Ipirá é administrativa, que se funde no aspecto da politicagem. O sistema político de Ipirá é o do jacu e macaco, que se formata e sobrevive, por décadas, deste condicionamento precário da sociedade e da debilidade da economia. Dessa deficiência econômica e dependência social, nasce e desponta o elemento mais forte do sistema jacu /macaco: o assistencialismo, que gera voto e cria dependência, mas custa os olhos da cara; só a Casa da Moeda para sustentá-lo.

Nesta situação de assistencialismo, criaram um monstro e este monstro está engolindo todos eles. A situação é da macacada. Chegaram ao poder com uma vitória aos 49 do segundo tempo. Uma renúncia mal explicada e a desculpa esfarrapada de uma doença desconhecida parecida com “amarelou na prefeitura” deixou Ademildo como prefeito de Ipirá e lá se vão dois anos e sete meses.

Ademildo entrou nesse barco furado: administrar sozinho, rodeado de macaco, um município complicado como o de Ipirá. Herdou do ex-prefeito Diomário as obras que inaugurou na sua gestão e a parte maldita de cumprir os acordos de campanha; colocar no olho da rua os funcionários que inchavam a folha de pagamento e dar guarida na manutenção do esquema de sustentação de empresários-macacos criado na gestão anterior. Foi aí que o prefeito engoliu o que não viu e o desgaste foi avançando, até chegar à impopularidade em que se encontra hoje.

Fora as obras (Ponto Cidadão, Banco do Nordeste, quadras, Upas) que Diomário tinha conseguido e a gestão atual inaugurou, Ademildo tem pouca coisa a apresentar de sua própria órbita: o asfalto da entrada do Malhador; o beco da palhocinha; o elevado da sinaleira; a abertura do beco da rua Nova; o hipódromo; a mudança da feira de animais; a ampliação de um lado da Praça São José; cemitério novo; a sede da Casa de Passagem; a pista de skate e, talvez, mais uma ou outra coisa. Na verdade, na verdade, os governos petistas (estadual e federal) deixaram o prefeito Ademildo a ver navios, Ipirá não conseguiu nada relevante e de peso destas instâncias no seu governo.

O prefeito Ademildo entrou numa aventura: não conseguiu se desligar do grupismo; não se livrou de sua sombra (Diomário); não politizou o processo, ficou com um discursozinho atrasado do ranço jacu/macaco; deixou de fora das decisões o PT local, não deixa de ser um menosprezo; não teve a habilidade para arregimentar pessoas fora das hostes macacas que participassem na administração de Ipirá; não procurou diluir as tensões internas e externas, pelo contrário; não compreendeu a essência e o sentido do boicote da macacada ao seu governo; empreendeu uma queda de braço com a sua base de vereadores que culminou na disposição de não aprovarem suas contas pela sua bancada. Observe que situação esquisita. Assim navegou o prefeito nesse ninho de macacos, em verdadeiro clima de tensão e muita pressão.

Com as contas na berlinda, o prefeito vai pedir uma licença de 75 dias. Assume o presidente da Câmara de Vereadores Aníbal Aragão. Não acho que para administrar Ipirá a pessoa tem que ser doutor, basta ter compromisso verdadeiro com o povo e o município, até mesmo porque, desde 1976, esse município só é governado por doutores do jacu e do macaco e não tem avançado na questão do desenvolvimento e do bem-estar social da população. Sem dúvida, mais um elemento para servir de comparativo. Qual foi a melhor gestão: dois anos e sete meses de Ademildo; quinze dias de Verena ou 75 dias de Aníbal?   

Teve um vereador, não me lembro quem, que disse que quem tem voto é o vereador e se o conjunto da Câmara de Vereadores resolvesse lançar um candidato a prefeito seria difícil ser derrotado. Concordo com esse dito. São os vereadores que conhecem e convivem com o eleitor. São os vereadores que praticam o assistencialismo de mão cheia na defesa e controle do voto. Se um vereador tornar-se prefeito e tiver a maturidade para formar um quadro administrativo com base na capacidade das pessoas, ao tempo que, conseguir fazer uma aliança consubstanciada, no âmbito da Câmara, para fazer uma gestão atendendo às reivindicações dos vereadores para suas regiões e seus eleitores, onde não falte a gasolina para levar doentes para Salvador, etc. e tal, por um ano e cinco meses, com direito à reeleição, será o despertar de uma força que não podia demonstrar o poder que tinha. É tudo o que a macacada quer e espera. Que o prefeito Ademildo se restabeleça o mais rápido possível.

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